Primeiro Encontro (capítulo 2)

Duas vidas, um destino. Como é que alguém podia adivinhar o que viria por aí?
Após a minha resposta afirmativa ao pedido do Nuno, e depois de me pedir amizade no Facebook, foi um manancial de conversas infindáveis sobre quem é quem, estudos, trabalho, expectativas da vida, o clube de futebol dos nossos corações - O Grande FCP, obrigatoriamente falamos sobre o que é a paralisia cerebral, entre outros temas que despertaram logo interesses mútuos.
Quando o Nuno partilha comigo um vídeo da sua visita ao programa "Praça da Alegria", para uma entrevista sobre a sua condição de vida e para falar do seu gosto pela escrita, abateu-se sobre mim todo o peso do mundo. Nem a lei da física, descobriu ainda a equação que define o resultado entre o peso do mundo/o peso da alma multiplicado pelo tamanho do universo. Emocionei-me tanto, que é deveras difícil riscar por palavras ou fazer um rascunho. Chorei, choviam lágrimas que mais parecia o mês de Abril em pessoa.
Chorei, porque senti naquele momento que tinha encontrado o "coração do oceano", o diamante ficcional que aparece no filme do Titanic. Explicando por miúdos, eu senti que procurava o Nuno durante séculos, e de repente, vejo-o ali "preso" numa cadeira de rodas a fazer de conta que tocava piano com os pés. Caiu-me tudo ao chão juntamente com um mar de lágrimas!

Agora começava a fazer sentido. Eu adoro piano, tive algumas lições básicas quando era pequena; comecei a trabalhar aos 17 anos (a fazer 18) como livreira e, trabalhei durante 18 anos no mesmo ramo não tendo até à data mais nenhum emprego; sempre interagi desde miúda com crianças portadoras de várias deficiências; adoro Amarante; praticava patinagem artística no FCP; etc etc....coincidências?! Não, meus amigos, Destino juntamente com muitos Sinais que não soube interpretar.

Começava agora um novo ciclo nas nossas vidas.

"A vida é regida por ciclos Diana, e os ciclos têm o poder de abanar as nossas vidas para que possamos crescer, evoluir e expandir. Quando um novo ciclo aparece na nossa vida podemos ignorá-lo, fingindo que não se passa nada e este acabará por nos empurrar para um precipício para nos “obrigar” a tomar decisões, ou...podemos aceitar o que se está a passar e iniciarmos de imediato um novo caminho." Palavras do meu amigo Mário Caetano.




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