O tempo passa mas os ventos não mudam

Há 118 anos cumpriu-se um casamento sem homem. Duas mulheres movidas pelo amor, casaram-se pela igreja. Sem ninguém saber, e para conseguirem este feito, uma delas teve de se transformar num "ele", iludindo assim um padre e uma aldeia inteira. Perderam a sua identidade a cada vez que o seu logro era descoberto. Era o sacrifício que teriam de pagar. Mudar de nome e de lugar era o fardo deste Amor.
Não há lei que se sobreponha ao maior dos sentimentos!
Não há caça às bruxas que se faça com justiça, sem entendermos que é o preconceito a ser caçado primeiro!
Este casamento, representou e ainda representa, uma vergonha para a igreja e para a sociedade, que se movem sobre as leis e regras impostas por alguém. Quem, afinal? Quem tem tamanha autoridade sobre os homens e as mulheres?
Deus??
Não. Não façam de Deus, Satanás!
Ecce Homo que nos mostrou o Amor! Yeshua.
Quando se nega o Amor, estamos a cometer a maior das blasfémias. Estamos a renegar a Deus, a Cristo.
Alguém dirá que é contranatura. Dois homens, duas mulheres...
E se fossem dois machos e duas fêmeas?
O fenómeno de partos virgens no mundo animal, é cada vez mais habitual! Assustados? Naaaaa....Já toda a gente sabe, que existem na natureza animais assexuados que não necessitam de acasalar com um macho ou com uma fêmea para se reproduzirem.
Sendo assim, já ouviram falar nos hermafroditas? Não, também não são aberrações. É a confirmação de que a natureza encontra um meio de sobrevivência.

Hoje, no ano de 2019 que se cumpre, o Amor, continua a ser lavrado como assunto tabu. Uma vergonha para as leis dos homens! No Amor não existe homossexualidade e lesbianismo! Essa foi a forma que descobrimos de apelidar e distinguir a aberração proibida. É simplesmente, Amor.
E este casamento entre duas mulheres nunca foi anulado, continua válido portanto.
Assim como o meu. Foi igualmente estudado por um padre, para se perceber se era válido ou não, uma vez que o macho anda numa cadeira de rodas, tem paralisia cerebral, o que podia invalidar a "procriação da prole por meio de alguma cooperação sexual" afeta a um matrimónio realizado através da igreja.
O tempo passa, mas os ventos não mudam, 118 anos depois.
Foto de Pedro Costa 






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